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Artigo: Em time que está ganhando não se mexe! Será?

Tempo de Leitura: 3 minutos

Por Marcelo Gramigna*, diretor de relações institucionais da ABII

Certamente você já ouviu e até mesmo já pronunciou essa frase, e é notório que ela pode ser utilizada em muitos contextos. Quero trazer essa reflexão para dentro do conceito de transformação digital e indústria 4.0.

Passados dez anos desde sua concepção, a 4º Revolução Industrial apresentou ao mundo um leque de oportunidades de aplicações utilizando novas tecnologias com objetivo de aumentar a produtividade, visibilidade e gestão inteligente da Indústria.

E o Brasil, como vem jogando esse jogo?

Os avanços no Brasil têm se mostrado em um ritmo mais acelerado. Porém, ainda não na velocidade ideal. Notamos que as indústrias de maior porte, já estão com seu roadmap de transformação digital bem estruturado e com ações em andamento.

No entanto, a indústria brasileira é formada fortemente por empresas de pequeno e médio porte, e é neste ponto que precisamos consolidar de forma mais eficiente e ampla adoção dessas tecnologias.

Com mais de 20 anos trabalhando com soluções para indústria, e tendo visitado inúmeras empresas, posso afirmar que o discurso da grande maioria é muito similar e amarrado em afirmações como: “Minha indústria é muito diferente das outras”. “Meu processo produtivo é muito complexo”.

A verdade é que cada empresa tem sim suas particularidades e complexidades, mas no geral, são similares na grande maioria dos processos.

Notamos um alto volume de indústrias executando seus processos e gestão industrial da mesma forma que dez, 20 e até 30 anos atrás. Não podemos dizer que isso é errado, pelo contrário, a grande maioria cresceu e hoje são ótimos cases de sucessos e geradores de emprego.

Mas, será que em time que está ganhando realmente não se mexe?

Acredito que é preciso mexer sim! É fundamental acrescentar no time e nos processos industriais, tecnologias e soluções de negócio que possam trazer maior eficiência e competitividade.

Se traçarmos um paralelo entre a indústria 4.0 e o esporte, seria similar considerar que a indústria tem a oportunidade de contratar os principais jogadores da atualidade a um preço reduzido, mas não faz!

É fundamental que as indústrias no Brasil, acelerem a digitalização e adoção das tecnologias habilitadoras da indústria 4.0. É necessário ampliar a visão e pensar que essa jornada gera excelentes avanços em produtividade, redução de custos, visibilidade, previsibilidade e geração de novos negócios.

Diante disso, as três palavras-chave nesse momento são: Comece, comece e comece.

De forma simples e com baixo investimento, é possível começar transformando processos manuais em digitais. Essa ação, vai proporcionar excelentes resultados e aumento da eficiência operacional da indústria.

Como recomendação, a base da sua jornada de transformação digital deve estar estruturado em pessoas, tecnologias e processos de negócios. Arrisco a dizer que pessoas é a parte mais importante, já que somente quando temos conhecimento em um determinado assunto é que podemos visualizar com mais amplitude seus benefícios e como o mesmo pode agregar no dia-a-dia.

A indústria 4.0 já mostrou entregar excelentes resultados em provas de conceito e principalmente, em aplicações reais nos mais variados segmentos industriais.

Portanto, você já pode jogar esse jogo com muito mais certeza e confiabilidade.

* Marcelo Gramigna tem experiência de 20 anos em solução de ERP para manufatura e Supply Chain. Formado em Sistema de Informação e Pós-graduação com Especialização em Engenharia de Produção. Atualmente é Product Manager de Manufatura na TOTVS gerenciando e orientado roadmap com foco no futuro do Software para atender IoT e Indústria 4.0.

 

*Este conteúdo foi produzido por Marcelo Gramigna, diretor da ABII, e expressa a opinião do profissional sobre os temas abordados. A ABII oferece espaço para todos os profissionais e as empresas associadas publicarem conteúdos relacionados a novas tecnologias, produtos inovadores, indústria 4.0, IIoT e transformação digital.

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