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Boteco 4.0: primeiro episódio explora desafios da transformação digital

Tempo de Leitura: 5 minutos

Você já ouviu o podcast da ABII – Associação Brasileira de Internet Industrial sobre indústria 4.0 e transformação digital? O primeiro episódio do Boteco 4.0, que está no ar no Spotify e no YouTube, explora exatamente os bastidores da transformação digital na indústria, trazendo os desafios para o debate.

Com o objetivo de instigar a sua curiosidade, reunimos  neste post alguns insights oferecidos pelos convidados José Rizzo Hahn Filho, diretor da Pollux Part of Accenture e Luís Gonzaga Trabasso, pesquisador chefe do Instituto Senai de Inovação em Sistemas de Manufatura e Processamento a Laser de Joinville, que estão presidente e vice-presidente da ABII. E também pelo moderador Claudio Goldbach .

🟩 Quem são os convidados do primeiro episódio do podcast Boteco 4.0

🟩 ABII lança podcast Boteco 4.0

O episódio #1 começa tentando responder aquela pergunta que sempre surge em qualquer debate: “afinal a transformação digital vai mesmo salvar a indústria?”.

“Quem salva a indústria é o negócio da indústria. Para as empresas bem posicionadas vai aumentar a vantagem competitiva”, responde Rizzo.

“Acho que é uma oportunidade”, pondera Gonzaga, lembrando que a customização em massa, possível com a digitalização da indústria, é algo que o ser humano persegue e deseja. Portanto, indústrias que conseguirem ter pelo menos uma pitada de customização, mantendo tempo, custo e qualidade da produção, estarão na frente.

Os convidados discutiram também a entrada, há cerca de duas décadas, da China e da Ásia como um todo no jogo da tecnologia e o quanto o cenário mundial mudou e continua mudando com isso, além dos avanços gerados. Por outro lado, lamentaram que no Brasil ainda não exista uma política forte para mudar o fato de sermos exportadores de matérias-primas e ainda não agregarmos valor a estes produtos antes da exportação.

Outro tópico da conversa foi que a transformação digital da indústria acaba tendo diferentes motivos para acontecer. Na indústria de base a manutenção corretiva, a otimização de processos, redução de custos, aumento da produtividade  acabam sendo o foco da jornada 4.0. Especialmente porque as operações são muito caras e qualquer parada, por menor que seja, impacta fortemente o negócio.

Já na manufatura discreta, que produz aquele produto consumido diretamente pelo consumidor, a customização é um grande diferencial. O consumidor irá preferir o produto que tem mais a cara dele. Rizzo lembra que em onze anos do conceito de indústria 4.0, como toda a tecnologia – e aqui estamos falando de um conjunto de tecnologias combinadas, sendo algumas mais inovadoras que outras – é possível perceber uma curva de adoção.

Rizzo faz um paralelo, no entanto, que se observarmos a curva de adoção do ponto de vista do consumidor, ela é muito mais rápida do que do ponto de vista do negócio, que tem uma cadeia longa para tomar a decisão.

“Pela minha experiência as empresas competitivas do mercado já perceberam que indústria 4.0 ou  transformação digital precisa ser parte da estratégia do negócio. Não é tecnologia por tecnologia. E cada empresa vai precisar encontrar sua combinação de soluções e adotar as tecnologias que fazem sentido. Estamos num momento que as empresas vão ter que escolher plataformas de IoT da mesma forma que trinta anos atrás tiveram que escolher a plataforma de ERP que iriam adotar.”

O papo do Boteco também entrou na questão da qualificação profissional e as dificuldades que empresas enfrentam de contratar e reter profissionais nas áreas da tecnologia e engenharia, além da tendência de que isso se agrave porque mais empresas vão precisar acelerar o processo de transformação.

Gonzaga destacou a responsabilidade da academia e mostrou exemplos de caminhos que podem melhorar a autonomia das universidades para acompanhar as transformações do mundo e atualizar seus currículos constantemente. Os convidados lembraram ainda que a pandemia impactou a educação no Brasil e que é preciso investir avanços rapidamente.

Um dos últimos temas do podcast foi o desafio da transformação digital nas pequenas e médias indústrias. Rizzo destacou que a agilidade na aprovação de mudanças pode ser um ponto positivo, mas que vai depender muito da qualificação do empreendedor que está à frente do negócio. Que ele precisa entender e perceber o valor de adotar uma tecnologia que fará a diferença no negócio. No entanto, lembra Rizzo, a maioria das pequenas e médias empresas estão em modo de sobrevivência, sem conseguir olhar pra frente.

Os convidados alertaram também sobre o desperdício de dinheiro em provas de conceito que já estão comprovadas que funcionam. Gonzaga reforçou ainda que o tempo para a transformação digital é agora!

Logo no início do podcast, Gonzaga deixou uma provocação sobre o que de fato diferencia a indústria 1.0 da 4.0. E lá no final ele responde de forma lúdica, simples e inédita, trazendo o conceito de latência e destacando que a capacidade de reação e de tomar decisões rápidas como grande diferencial. Você precisa ouvir esta explicação do professor Gonzaga em detalhes! Confira aos 57 minutos do podcast:

Ouça o podcast Boteco 4.0 no YouTube

O Boteco 4.0 é o podcast da ABII – Associação Brasileira de Internet Industrial, que irá explorar os bastidores da transformação digital. Super alinhado com a missão da associação, de acelerar a adoção da IIoT e da indústria 4.0 no Brasil, será um espaço para aprender e trocar conhecimentos de um jeito leve e divertido. O podcast é resultado de uma parceria que tem pauta e produção da ABII e a finalização feita pela Ocotea Filmes.

Quem é o apresentador do Boteco 4.0

Claudio Goldbach é membro de conselhos de organizações inovadoras (PERFIL Group, ABII, AESA, Hedro e outras), palestrante internacional, engenheiro químico e ambiental, vem promovendo a eficiência energética em processos industriais há 30 anos.

Sobre a ABII

ABII – Associação Brasileira de Internet Industrial, fundada em agosto de 2016, atua com o objetivo de promover o crescimento e o fortalecimento da internet industrial das coisas e da indústria 4.0 (IIoT & I4.0) no Brasil. Fomenta o debate entre setores privado, público e acadêmico, a colaboração, a geração de conhecimento e o intercâmbio tecnológico e de negócios com associações, empresas e instituições internacionais.

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