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Quais as competências do profissional do futuro?

Tempo de Leitura: 5 minutos

A internet das coisas e a indústria 4.0 já começaram a transformar o mundo. Este processo, também conhecido como transformação digital, vai muito além de máquinas inteligentes. Está mudando o perfil do profissional ideal para o mercado. Este processo está moldando o profissional do futuro. Aprender a aprender, se comunicar melhor, ter flexibilidade, resolver problemas complexos, ter criatividade e orientação para dados. Estas foram algumas competências e habilidades citadas em uma pesquisa realizada com empresas associadas da ABII, que ajudou a formatar este painel online sobre o tema.

No primeiro ABII Live Talks de 2021, organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) Pessoas, três convidados discutiram o tema “O Profissional do Futuro” com a mediação de Andrea Dela Plata, Gerente de Recursos Humanos da Pollux e líder do GT Pessoas da ABII. Os convidados foram: Alex Kuhnen, Coordenador de Educação 4.0 do Senai SC, representando o GT Pessoas; Claudio Goldbach, CEO da TERMICA Solutions, representando o GT Tecnologia; e Marcelo Gramigna, Product Manager da TOTVS, representando o GT Negócios.

Se você não conseguiu acompanhar a discussão ao vivo, o vídeo está disponível nos canais do YouTube e do Linkedin da Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII) e aqui mesmo neste post. Vamos trazer algumas insights que surgiram no bate-papo para ajudar na sua reflexão sobre o tema. Andrea começou a live questionando o time de convidados sobre o que este profissional do futuro, este profissional da indústria 4.0 precisa ter, como eles precisa se preparar. Ela perguntou ainda como lideranças e a academia estão se preparando e podem ajudar; e quais as habilidades que devem ser fortalecidas.

Desafio do autodesenvolvimento

Claudio destaca que a primeira coisa a entender é que existem dois grandes grupos de profissionais: os que estão entrando no mercado, com 15, 20, 25 anos, que são mais letrados digitalmente; e os que já tem uma estrada e viveram praticamente metade da vida de forma analógica, aqueles profissionais de 35, 40, 45 anos. Alguns fizeram a transição para o mundo digital e muitos estão desconectados. “Para começar a responder, eu diria que a habilidade básica deste profissional que já está no mercado, é ter uma nível de alfabetismo digital. Ele precisa conviver e viver no mundo digital. E isso implica em as pessoas saírem da situação que estão hoje. Estes dois grandes grupos precisam ser tratados de forma diferente”, aponta.

Já o Alex acredita que o profissional do futuro é uma um ser inconformado, que busca o autodesenvolvimento, sem esperar. “É uma pessoa que combate a quarta lei de Newton, que diz que um corpo em repouso permanecerá em repouso se a cama estiver quentinha. É alguém que acorda antes, que busca o conhecimento que está disponível. Se no passado isso não estava disponível, atualmente a dificuldade passa até por uma curadoria de identificar como, onde e o que aprender, e gastar o seu tempo. O profissional do futuro começa hoje a se preparar para os novos desafios. Isso surge para ele como oportunidade e não como problema.”

E Gramigna lembrou que nada se constrói sem pessoas. “Elas são o principal elo de ligação dos processos. Estes profissionais precisam surgir no mercado o mais rápido possível e estas pessoas precisa transitar em vários temas e se comunicar com o mercado, fazendo pontes, tendo flexibilidade”, destaca.

Foco no aprendizado

Quando o tema é como este profissional se prepara e desenvolve as competências necessárias para este novo cenário, surgiram alguns pontos para o debate, como o próprio fato das tecnologias serem tão novas que muitas vezes o profissional nem encontrará treinamentos convencionais disponíveis. “Ele vai precisar treinar e aprender assistindo YouTube; conversando com pessoas de entidades como a ABII, pois elas estão exercitando o aprendizado, aplicando as tecnologias e trazendo os aprendizados. Não poderá se limitar a uma única forma de aprendizado e ver o que se encaixa melhor no seu perfil”, sugere Alex.

Claudio instiga, dizendo para o profissional esquecer que é formado. Na avaliação deles o diploma do jeito que conhecemos hoje deveria ter prazo de validade e exigir requalificação, tamanha a velocidade das mudanças no mundo atual. “Vamos imaginar um operador de máquinas hoje. Ele vai passar a ser um operador digital. Os requisitos de formação são: operacional, informática básica, processos, gestão, análise de dados e tomador decisão simples. Aí ele analisa o que têm de habilidades e no que precisa se desenvolver. Se o gap está em informática básica é esta capacitação que ele deve buscar para desenvolver a carreira. Não espere que a empresa vai te desenvolver. O autodesenvolvimento é muito importante. Invista em você.”

Papel da alta liderança

Já em relação a liderança, os altos níveis de gestão das empresas, Claudio acredita que o ponto mais importante é a humildade dos líderes reconhecerem que o mundo está mudando e as necessidades do cliente estão mudando. “Se toda a base da empresa entender a transformação digital e a alta liderança não, ou a empresa vai quebrar ou a base vai buscar outra empresa para trabalhar.” Marcelo complementa observando que, se a alta gestão não conhece e não está disposta a entender as tecnologias e como a transformação digital pode ser implementada e gerar competitividade para o negócio, não consegue capturar as pessoas que estão em formação e nem ver oportunidade para estas pessoas na empresa. Só existe a demanda se tiver oferta. E é fundamental a alta gestão entender tudo isso e gerar demanda.”

A mediadora também destaca o papel da gestão de pessoas na evolução dos negócios e na busca e desenvolvimento de profissionais. “Se a gestão de pessoas não tiver todas as informações, fica difícil recrutar da maneira adequada. Então, a área não ajuda a empresa e o profissional que entra não será o adequado”, diz. E o papo não terminou por aqui, eles ainda reforçaram a necessidade do profissionais do futuro serem protagonistas de suas carreiras, discutiram sobre como a academia está se adaptando aos novos cenários, a importância cada vez maior dos soft skills, e ainda responderam questionamentos do público.

Assista a live completa:

 

A programação do ABII Live Talks em 2021 continua até o mês de novembro. As lives organizadas pelos GTs Pessoas, Tecnologia e Negócios da ABII, ocorrem sempre na última quarta-feira do mês, às 17 horas, com transmissão ao vivo pelos canais do YouTube e Linkedin da associação.

Em 2020 a ABII realizou 12 eventos online destinados a profissionais e equipes envolvidas no processo de adoção e implementação das ferramentas habilitadoras da indústria 4.0 nas empresas. Todos os conteúdos estão disponíveis gratuitamente no canais ABII.

Para ficar por dentro de mais eventos como este, continue acompanhe o blog da ABII e se preferir, associe-se e faça parte dessa história!

Como foram os painéis realizados pela ABII

::: Indústria 4.0 e o momento da retomada

::: Novos modelos de negócio

::: Tecnologias para geração de valor

::: Pessoas no mundo VUCA

::: Liderança feminina em empresas de tecnologia

::: Obstáculos e oportunidades do Agro 4.0

::: Customer Success na indústria

::: Segurança nas cidades inteligentes

::: Obstáculos e oportunidades da indústria 4.0

::: Influência da transformação digital na gestão do agronegócio

::: Inovação e empreendedorismo na indústria

::: IoT em saúde

Sobre a ABII

A Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII), fundada em agosto de 2016, atua com o objetivo de promover o crescimento e o fortalecimento da indústria 4.0 e da IIoT (Industrial Internet of Things) no Brasil. Fomenta o debate entre setores privado, público e acadêmico, a colaboração e o intercâmbio tecnológico e de negócios com associações, empresas e instituições internacionais, a partir do desenvolvimento de tecnologias e inovação. A ABII é signatária do Acordo de Cooperação com o IIC (Industrial Internet Consortium), consórcio criado em 2014, nos Estados Unidos, com o mesmo fim, pela IBM, GE e Intel. Buscando inserir o Brasil nesta revolução, Pollux, Fiesc/Ciesc e Nidec GA (empresa detentora da marca Embraco) uniram-se para fundar a ABII.

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::: Como aumentar participação de mulheres na liderança de empresas de tecnologia

::: Agro 4.0: obstáculos e oportunidades no campo

::: Customer Success ganha espaço no segmento industrial

::: O desafio da segurança nas cidades inteligentes

::: Como superar os obstáculos na implementação da indústria 4.0

::: Como a transformação digital está impactando a gestão do agronegócio

::: Como potencializar a inovação e o empreendedorismo na indústria

::: Internet das Coisas vai revolucionar o setor da saúde

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