Na terceira edição de um estudo encomendado pela Microsoft à agência de comunicação Edelman para entender o processo de transformação digital de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), 98% dos entrevistados reconhecem que a pandemia da Covid-19 teve um impacto positivo em relação a esse aspecto.
Intitulada “Transformação digital para MPMEs”, a pesquisa, que teve a participação de 312 líderes, mostra que em 2021-2022 a maioria das MPMEs superou desafios importantes, como o aumento da eficiência operacional e a cibersegurança. Saiba quais outros foram ultrapassados ao continuar lendo!
Desafios da transfomação digital nas MPMEs
O volume de vendas (35%), a prospecção de clientes (35%) e a segurança cibernética (31%) estão entre os principais desafios para as MPMEs, de acordo com o estudo. A produtividade e a eficiência dos negócios (27%) são outras preocupações. Os obstáculos não ficam por aí.
As pequenas e médias instituições veem a adoção da tecnologia como seu maior desafio (20%), uma realidade não compartilhada pelas microempresas. Apenas 10% dos gestores desse tipo de empresa observam dessa forma.
Além disso, o levantamento abordou outros. Adaptação ao trabalho híbrido e remoto (24%), captação e retenção de colaboradores (16%) e cadeias de suprimentos (14%), por exemplo.
A tecnologia ajuda a superar os desafios
A pandemia da Covid-19, sem dúvida, despertou muitas corporações no sentido de entender o potencial da tecnologia para seu crescimento.
Nessa direção, o estudo mostra que 96% das MPMEs que enfrentam desafios relacionados à cadeia de suprimentos afirmaram que a tecnologia ajudou a superá-los. Já 29% disseram que ela auxiliou a resolver problemas de segurança cibernética e 25% relataram que contribuiu com o aumento da produtividade e eficiência.
A captação e retenção de profissionais (14%) é o item com o menor percentual de organizações que falaram que esse recurso ajuda.
Desafios e oportunidades oferecidas pela tecnologia
As MPMEs observam a tecnologia como uma estratégia para otimizar seu crescimento. De acordo com o levantamento:
- 46% a reconhecem como uma maneira para tornar suas operações mais eficientes e produtivos;
- 43% executivos acreditam que ela pode ajudar a atrair clientes e conquistar novos mercados;
- Já 40% destacam que ajuda a melhorar a relação com clientes e fornecedores;
- 39% afirmam que contribui para as organizações reduzirem custos, enquanto 35% relatam que otimiza o processo de tomada de decisão;
- 30% dos líderes a observam como uma maneira de lançar produtos ou serviços inovadores no mercado.
Embora muitos executivos vejam a tecnologia dessa maneira, eles também apontam alguns desafios no uso:
- 37% destacam a privacidade de dados como um deles;
- 30% se preocupam com a cibersegurança;
- 36% pensam que treinar a equipe existente para usá-la eficientemente é outro;
- Já 29% acham que o desafio é a sua própria implementação em seu negócio.
Cultura de investimento em tecnologia
Usar a tecnologia não é mais uma opção, mas um pré-requisito para empresas que buscam se diferenciar no mercado e atingir seus objetivos com rapidez.
Nesse contexto, o estudo destaca que 72% das MPMEs desejam investir em soluções tecnológicas, sendo que 28% delas já fazem isso de forma permanente. Apenas 5% disseram não saber quando vão tomar essa atitude. Elas buscam diversas formas para conseguir isso, que variam desde a solicitação de empréstimos bancários e apoio econômico do governo até o uso de seus próprios fundos.
Transformação digital
A transformação digital já é uma realidade, com 92% dos líderes entrevistados afirmando que suas organizações estão nesse caminho. Na verdade, 81% deles disseram que esse processo está acontecendo rapidamente em seus negócios.
De acordo com o estudo, o uso de dados para inteligência, atração/treinamento de funcionários, aquisição de tecnologia e cibersegurança se destacam entre as maiores prioridades dessa mudança, que é considerada por 98% dos gestores como positiva para a empresa.
Trabalho remoto
Hoje, o trabalho remoto/híbrido já é uma realidade. O levantamento mostra que esse regime está presente em 55% das empresas. Porém, quando a jornada é híbrida, em 71% das pequenas e médias organizações, os funcionários gastam 50% ou mais de seu tempo em atividades presenciais. Este não é o caso das micro, cujo percentual é de 39% (atuação no escritório).
As principais ações tomadas por elas para facilitar a jornada remota incluem o fornecimento de notebooks, treinamento e o uso de videochamadas e plataformas de trabalho colaborativo.
Cibersegurança
A cibersegurança já é uma preocupação de muitos executivos, com mais de 80% priorizando o tema. Segundo a pesquisa, 50% deles relataram que já enfrentaram problemas relacionados ao assunto, e mais de 70% afirmaram estar implementando alguma política específica para solucioná-los.
A principal ação tomada por 55% das empresas foi a aquisição de um antivírus para se adaptar ao trabalho flexível, seguido do treinamento dos funcionários em 49% delas.
A questão é central ao ponto de fazer 61% dos gestores tornarem as atualizações de segurança cibernética responsabilidade de todos os funcionários, não apenas de uma equipe.
Do total de investimentos em tecnologia nas empresas, 27% são destinados à segurança cibernética. Entre as empresas nativas digitais, este percentual sobe para 33%, enquanto cai para 21% entre as não nativas.
A segurança cibernética é um dos principais desafios enfrentados, principalmente pelas empresas de médio (37%) e pequeno porte (35%). Entre nativas digitais, é um desafio para 40%, enquanto 23% das não nativas digitais acusaram este problema.
O estudo mostrou que aproveitar as tecnologias existentes tornou-se fundamental para as MPMEs que buscam acelerar sua transformação digital, fortalecer a segurança cibernética, reter talentos, aumentar as vendas e conquistar outros objetivos.
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Sobre a ABII
A ABII – Associação Brasileira de Internet Industrial, fundada em agosto de 2016, atua com o objetivo de promover o crescimento e o fortalecimento da internet industrial das coisas e da indústria 4.0 (IIoT & I4.0) no Brasil. Coordena um ecossistema com provedores, usuários e especialistas em tecnologia e instituições de ensino. Num ambiente colaborativo reúne empresas protagonistas do mercado e é referência no movimento de transformação digital. Fomenta o debate entre setores privado, público e acadêmico, a geração de conhecimento e o intercâmbio tecnológico e de negócios.